segunda-feira, 22 de março de 2010

Procurando Nemo


O Clownfish que ficou famoso no filme Procurando Nemo é apenas uma das várias espécies de Anemonefish existentes na Grande Barreira de Corais. E eles estão todos lá!

O liveaboard não foi como esperado, infelizmente não fomos ao Osprey Reef no Coral Sea por conta de Ului e Tomas, os dois ciclones que se formaram no Pacífico justo agora quando a temporada de ciclones está chegando ao final... Estávamos longe de ser atingidos pelos ciclones, mas ainda assim havia ventos de até 40 knots e ondas de mais de dois metros na nossa rota o que tornaria a viagem, no mínimo, extremamente desconfortável. Tomas praticamente já se desfez sobre as ilhas Fiji, mas não sem antes provocar estragos, mortes e a evacuação de milhares de pessoas no arquipélago enquanto que Ului, no momento, está próximo as Ilhas Salomon (ainda como ciclone de categoria 4/5, devastador!) rumando em direção a Austrália a 4km/h, mas no máximo vai trazer chuva e ondas muuuito grandes (pra felicidade dos surfistas) para o sul de Queensland e talvez Byron Bay (atualização: atingiu o sul de Queensland como tempestade tropical, categoria 1/2, no domingo, 21/03).

Cairns é uma cidade de 150 mil habitantes no norte da Austrália, a 1700 km de Brisbane, um dos principais pontos de partida para visitas a Grande Barreira de Corais, o que fica claro na cidade. Tudo gira em torno do turismo. Como estamos no final da baixa temporada (a alta começa entre Abril e Maio) a cidade estava praticamente deserta. Outro atrativo é um gigantesco cassino, talvez um dos maiores da Austrália.
É impressionante ver como o Brasil é mal preparado para o turismo. Cairns não tem sequer 200 mil habitantes, fica perdida no meio do nada e mesmo assim a cidade conta com aeroporto internacional (que está sendo ampliado) com vôos regulares para o Japão, Bornéo e Singapura; há pelo menos meia dúzia de hotéis de luxo e cerca de uma centena de opções para todos os bolsos (inclusvie albergues-resort com direito a LRS!). Restaurantes, lanchonetes, locadoras de veículos, operadoras de turismo especializado (bunguee jump, skydiving, scuba diving, rapel, ...) e turismo receptivo abundam pela cidade. Além disso prédios públicos e jardins são meticulosamente cuidados. Passei a manhã na cidade, até embarcar no Taka às 16hs da sexta-feira. Este tempo foi suficiente para descobrir que além do piscinão de ramos local e das "atrações" já mencionadas não há nada pra fazer na cidade. É provavelmente um dos lugares mais chatos do mundo, a menos que vc goste de cassino, mas aí vá pro Paraguai que pelo menos é mais perto...

O Taka é um barco moderno, construído em 2004 especificamente para operar como plataforma de mergulho, com capacidade para 30 passageiros em cabines duplas, triplas e quádruplas com e sem banheiro. Tem compressor para reabastecimento de cilindros (inclusive para Nitrox que é uma gás enriquecido com O2 a 31%), banheiros com água quente, ar-condicionado em todas as dependências, cozinha e living room com sala de TV e leitura. Nessa viagem eramos apenas 13 passageiros para os 11 tripulantes, o que dá um ratio melhor que os cruzeiros mais luxuosos do mundo! Embarcamos no final da tarde de sexta-feira, conhecemos o navio, as nossas cabines e deixamos Cairns para trás, rumo ao Rainbow Reef # 10, no norte da barreira de corais (continua...)


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