Pois é, finalmente chegamos a Byron Bay. Mas antes gostaria de falar um pouco a respeito de Buenos Aires, onde ficamos por uma noite.
Estive em Buenos Aires pela primeira vez há 15 anos, depois voltei inúmeras vezes; tive até a oportunidade de "morar" lá por uns meses durante um projeto de consultoria. Sempre foi uma cidade que me agradou bastante: a imponência dos prédios, a elegância das pessoas (principalmente os mais velhos), o ar meio blasé dos jovens, cafés, restaurantes, padarias...Acontece que enquanto a maioria dos países sul-americanos caminhou no sentido de resolver (ou tentar) os seus problemas consolidando as instituições democráticas, a Argentina foi no caminho inverso. Quase duas décadas de governos populistas, uma moratória e algumas quedas de presidentes depois o país, e em particular a capital, perdeu muito de seu charme e elegância.
A indústria local está sucateada, os ônibus parecem aqueles doados por países desenvolvidos em programas de assistência internacional.... A inflação há tempos ultrapassou os dois dígitos anuais (segundo estimativas não oficiais, já que não se pode confiar tanto assim no governo, o que parece pouco pra quem viveu a espiral dos anos 80/ 90, mas é inconcebível em tempos de paz no mundo atual).
Duas evidências cotidianas ilustram a situação atual (pra não falar no futebol...):
1. O nosso dinheiro vale muuuito, troquei no aeroporto os R$ 42, que tinha de "troco" na carteira e com isso passamos (eu, Lu e Beatriz) a tarde de domingo e a manhã de segunda
2. Não há decoração de natal em Buenos Aires! Quer dizer, tudo o que vimos foi uma árvore ao lado do obelisco que certamente é menor do que as existentes em qualquer shopping center do Brasil e algumas girlandas na fachada do luxuoso (pelo menos era há 15 anos) Patio Bullrich. Nada de luzes. Nem nas ruas, nem nas casas, nem nas fachadas dos prédios. NADA! Nem umazinha.
O interessante é que os portenhos estão cada vez mais brasileiros. San Telmo aos domingos virou uma grande feira de "artesanato", sem aquelas velharias que no final das contas não servem pra nada, e quase uma "Olinda" (a conferir na foto que abre este post). É, quando menos vc espera vem um bloco de percurssão tocando uma mistura de samba com ritmos africanos e caribenhos. E aí é óbvio que todo mundo dança na rua tomando a sua cervejinha (AMBEV, claro..).Bom, Byron Bay fica pra próxima. Por enquanto vai uma foto pra abrir o apetite!
Um comentário:
Salve, família-maravilha!! Espero que já estejam vencendo as agruras do fuso e se acostumando à nova vida em Byron Bay! (Não tem ninguém pra contar estórias pra Bibi madrugada adentro, não?? Fala pra mocinha que eu mandei um beijo - em inglês!)
Na falta de voar meio mundo pra passar o fim de ano com vocês, pelo menos até Buenos Aires eu vou, pra passar o Natal e esse final de semana (aliás, se tiverem alguma dica além das que estão no blog, não deixem de mandarem, heim)!! Super-empolgado, é óbvio, ainda mais com a companhia! ;-)
Beijos e aproveitem bastante por aí!
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