Lá elas tiveram dias de LRS: piscina, salmão no almoço e jantar e até cabeleireiro com técnicas inovadoras de lavagem de cabelo “a seco”!
Sabah é lugar de turismo ecológico pra todos os gostos, tem de tudo um pouco, treeking, escalada no monte Kinabalu, rafting e muito mergulho. Eu e o Armando seguimos em outro táxi pra um hotelzinho bem simples, só pra passar a noite, já que tinhamos que acordar cinco da manhã pra pegar o avião pra Tawau, do outro lado da ilha (daí descobrimos que há um outro terminal no aeroporto, novo e enorme, pra Malaysian Airlines. O antigo funciona só pras low fare como a Air Asia). A viagem demorou uma hora de vôo, mais uma hora de carro e 40 minutos de barco... No meio do caminho, tudo que era floresta equatorial virou plantação de óleo de palma (dendê) por onde a vista alcança.
No final valeu a pena (sempre vale quando a alma não é pequena!), pois chegamos num paraíso de águas transparentes: Kapalai, dizem que é uma ilha, mas na verdade é um platô submerso com um banco de areia visível apenas na baixa mar, onde construiram um hotel com 56 luxuosos bangalôs suspensos sobre a água (as fotos até parecem de propaganda, mas fomos nós que tiramos mesmo, é de verdade).
A maioria das pessoas que vai pra Kapalai vai pra mergulhar. O hotel tem dive center próprio com capacidade para atender até 100 mergulhadores por dia em 3 mergulhos embarcados, fora mergulhos ilimitados (inclusive noturno) no site criado em frente ao pier do hotel.
Entre as três ilhas da região, Sipadan, Kapalai e Mabul, onde há outros três resorts incluindo um horrendo em uma plataforma de petróleo adptada, há mais de 60 sites diferentes; é mergulho pra mais de mês! Mal chegamos e já caimos na água pro primeiro dos nove mergulhos que fizemos por lá....
Em Kapalai esquecemos do mundo e curtimos a serenidade que estar perto do mar traz...
Bastava olhar pra baixo, pelas passarelas que integram o hotel, pelas janelas do nosso bangalô, ou pelo imenso aquário aberto no meio do restaurante; pra ver arraias enormes, peixes espada, estrelas-do-mar, tartarugas e até o polvo que apareceu por lá!
No segundo dia mergulhamos 3 vezes, uma delas bem embaixo da plataforma de petróleo desativada que virou hospedagem, bem na frente de outra ilha, Mabul.
Mas nosso foco era a Ilha de Sipadan, uma formação vulcânica, lugar dos melhores mergulhos da região (e uma das Top10 dive destinations in the world).
Na reserva e na chegada a Kapalai não nos deram certeza de que iríamos mergulhar lá, porque a ilha é um parque nacional, que foi disputado desde o ano de 1969 entre a Malaysia e a Indonesia.
Enquanto nada era decidido, a partir de 1986 operadoras de mergulho construiram chalés para acomodação dos mergulhadores que iam a Sipadan. Em 2002 Sipadan finalmente tornou-se território da Malaysia. Em 2004 todas as operadoras foram obrigadas a retirar suas instalações de lá, e em 2005 Sipadan virou administração dos parques nacionais de Sabah. Desde então uma base do exército se instalou por lá, e as operadoras de mergulho tiveram que restringir o número de mergulhadores que querem ir a Sipadan a 120 por dia.
Depois do jantar passamos no Dive Center e vimos nossos nomes no quadro indicando que nosso terceiro dia de mergulho ia começar cedo, 5:30 da manhã partiriamos pra Sipadan!
Fizemos 4 mergulhos por lá, e foi sem dúvida um dos lugares mais bonitos onde eu já mergulhei! Vimos várias tartarugas enormes, nadando bem do nosso lado, muito tubarões, e o mais impressionante pra mim: um cardume enorme de barracudas, fazendo um balé perfeito debaixo d’água, formando desenhos e mostrando uma perfeita harmonia de movimento.
Demos adeus a Kapalai com a certeza de que um dia voltaremos, e agradecendo a dica desse lugar maravilhoso ao Guilherme Miziara, que super recomendou e influenciou nossa vinda pra cá! Caminho de volta, com barco, estrada e avião, e chegada em Kota pra encontrar nossa pequena e D.Nazaré, que também tiveram ótimos momentos no hotel e passeando pelas ilhas que ficam em frente a ele. Fomos dar uma volta na cidade, e jantamos num restaurante de comida malaysiana, cheio de áquarios onde dá pra escolher o que se quer comer, e eles preparam na hora. Só de camarão havia ao menos duas dezenas de variedades, de todos os tamanhos e preços.
No nosso último dia na Malaysia ainda deu pra curtir a piscina em frente ao mar, antes de ir ao aeroporto de onde voamos pra Bali, a ilha mais famosa da Indonesia.