... esperamos elas voltarem e antes de seguir viagem rumo ao extremo sul da ilha fomos dar a última espiada no Aoraki/ Mt Cook.
E eu pensava que até aqui havíamos andado por estradas vazias... nos 300 km seguintes passávamos mais de 20km sem cruzar um carro sequer. Em cerca de 300 km passamos por uma cidade (Point Haas) até chegarmos no ponto apoio seguinte: Motueka, cuja população é de 110 habitantes. No verão. Como estávamos no inverno, há no vilarejo 67 residentes. O dia amanheceu enevoado, fazia frio, mas era possível avistar as montanhas que cercam o local, que é o ponto de partida para várias trilhas de 3 a 5 dias de duração que percorrem as montanhas e vales da região.
Aliás, essas trilhas de longa duração (apenas no verão) são uma das maiores atrações da Ilha Sul. Há uma rede de abrigos (Huts), posicionados a 1 dia de caminhada um do outro. A taxa de entrada na trilha dá direito ao uso dos abrigos.
Se cogumelo é símbolo de magia então a NZ é definitivamente um local mágico...
Seguimos viagem para Queenstown com uma parada em Wanaka, uma estação de ski super-charmosa à beira do lago que se preparava para o início da temporada de inverno.
Daí foi descer rumo ao vale de Queenstown, e começar a entender por que é um local privilegiado pela natureza para todo tipo de esporte radical que se possa imaginar...
Resolvemos encarar o Canyon Swing, o maior rope swing do mundo (www.canyonswing.co.nz)!
O salto a partir da plataforma posicionada acima do Canyon tem 63m de queda livre, onde seu corpo atinge 150km/h com 3,5g de força e depois começa a desacelerar lentamente e balançar nos 200m de arco sobre o rio e as rochas afiadas.
Essa aí na cadeira é a Lu, depois de ser amarrada e repreendida 3x pelas vaquinhas mimosas. Créditos das fotografias do Swing pra Beatriz.
No dia seguinte partimos rumo ao ponto mais austral de nossa aventura Kiwi, Te Anau e Manapouri, as margens dos respectivos lago homônimos e acesso para o Milford Sound e Doubtful Sound respectivamente. Conhecemos o segundo. Na NZ chama-se Sound a entrada de mar cercada de montanhas, conhecidas em outros lugares do mundo com Fiords (ex: Chile, Noruega), que serpenteia para dentro do continente.
O Doubtful tem este nome porque quando Capitan Cook navegou por ele pela primeira vez was doubtful to get the way out. Começamos a viagem atravessando o lago Manapouri que cuja lamina d'água está a 283m anm. O lago tem 444m em seu ponto mais profundo, o que significa que seu fundo está 161m abaixo do nível do mar! Na outra margem do lago chegamos a Manapouri Power Station, a Itaipu Kiwi, responsável por aproximadamente 20% da geração energética da NZ, meros 730MW médios... A usina é interessante por si só, pois foi escavada na rocha 200m abaixo da superfície para gerar a queda d'água a partir do lago. De lá a água é escoada por um túnel de 9km até o Doubtful Sound, ao nível do mar.
Depois de visitarmos a usina descemos por uma estrada de terra para pegar o barco e navegar pelo Sound até o mar aberto e voltar. As imagens, falam por si. Parecia a terra dos Elfos...
Continua...